sexta-feira, 19 de abril de 2024

Debate esclarecedor sobre articulação neofascista da extrema-direita interna e externa, o STF sob ataque, a falsa censura, Elon Musk e fraude na aula magna de Pedro Serrano, com Reinaldo e Walfrido Warde

 

Do Canal de Reinaldo Azevedo

Assista ao bate-papo espetacular que Reinaldo Azevedo e Walfrido Warde mantivemos com Pedro Serrano, professor de Direito Constitucional da PUC-SP, sobre as garantias fundamentais numa democracia. Terá o STF se transformado no Supremo Tirano Federal, aniquilando cláusula pétrea da Carta e limitando a liberdade de expressão? Nos EUA, um juiz federal pode, a depender das circunstâncias, punir um jornalista por não entregar a sua fonte. Será que isso é possível no Brasil? Atingimos à quintessência da convivência entre os Poderes ou podemos avançar? Uma “reconversa” luminosa!. Essa entrevista aconteceu em 12/04/2024.



Do Observatório da Geopolítica: CIA, a principal ferramenta do ‘Estado profundo’ imperialista americano, que acaba por controlar a própria Casa Brancapor Valdir Bezerra

 

No final das contas, temos uma situação em que a CIA é quem acaba controlando a Casa Branca, e não o contrário

O Observatório de Geopolítica do GGN tem como propósito analisar, de uma perspectiva crítica, a conjuntura internacional e os principais movimentos do Sistemas Mundial Moderno. Partimos do entendimento que o Sistema Internacional passa por profundas transformações estruturais, de caráter secular. E à partir desta compreensão se direcionam nossas contribuições no campo das Relações Internacionais, da Economia Política Internacional e da Geopolítica.


CIA, a principal ferramenta do ‘Estado profundo’ americano

por Valdir da Silva Bezerra


Há muito tempo que os americanos entregaram o destino de sua nação a homens não eleitos. Trata-se de espiões e tecnocratas que exercem um poder indizível na condução da política externa e doméstica dos Estados Unidos. Estamos falando justamente da Agência de Inteligência Central (CIA, na sigla em inglês).

Fundada originalmente em 1947 sob os auspícios do então presidente americano Harry Truman, a CIA começou sua história como uma agência de inteligência independente dentro do Poder Executivo estadunidense.

Pensada para o exercício de funções como coleta, avaliação e divulgação de informações que afetassem a segurança nacional dos Estados Unidos, não demorou muito para que a CIA recebesse poderes cada vez mais extraordinários, utilizados tanto para a espionagem em massa como para operações insidiosas no exterior.

Fato é que a CIA nunca se absteve de justificar o sigilo excessivo — e arbitrário — em torno de suas ações para proteger informações que comprometessem a organização. Isso só foi possível devido aos sucessivos fracassos do Congresso americano, que jamais conseguiu exercer uma vigilância adequada ou minimamente satisfatória sobre a agência de inteligência. Com isso, os segredos obscuros da CIA raramente foram divulgados ao público, seja por ex-operativos ou pela mídia.

No entanto, quando algum escândalo acabava ainda assim escapando do controle da organização, eram evidenciados casos de participação da CIA em conspirações de assassinato contra líderes políticos no exterior, apoio ativo e logístico a diversos golpes de Estado internacionais e ligações preferenciais com a elite financeira americana.

Para além disso, como depois veio a revelar Edward Snowden, ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), a CIA exercia vigilância atenta sobre uma lista incrivelmente abrangente de cidadãos americanos, em especial no ambiente virtual, podendo deduzir até mesmo seus pensamentos e seu grau de periculosidade para o “sistema”.

Logo, os agentes da CIA e da NSA eram instruídos a agir preventivamente contra qualquer indivíduo que pudesse trazer algum tipo de prejuízo à organização e a seus interesses.

Contudo, essa não é nem de longe a única — nem a mais grave — das práticas reprováveis exercidas pela CIA ao longo de sua história. Outras investigações por parte do Congresso americano relevaram que a agência já trabalhou, por exemplo, em experimentos de controle mental por meio de psicotrópicos, o LSD, assim como em operações de infiltração na imprensa, por meio de jornalistas “selecionados”.

Há indícios de que centenas de jornalistas — desde a década de 1950 até hoje — tenham sido agenciados pela CIA, no âmbito da operação Mockingbird, com o intuito de acompanhar o trabalho de redação dos maiores jornais dos Estados Unidos.

Esse, por si só, é um esforço que diz muito sobre a natureza insidiosa da CIA, instituição que obteve cada vez mais poderes e financiamento ao longo do tempo. Logo, resta demonstrado que um grupo seleto de funcionários não eleitos goza de imensos privilégios, recebendo carta branca do governo americano para implementar programas desconhecidos do grande público.

A CIA faz tudo isso no mais profundo sigilo, isenta de qualquer responsabilização direta, em parte porque o próprio Congresso dos Estados Unidos lhe fornece as condições para agir assim. Hoje, portanto, não há força política capaz de desafiar o poder da CIA, seja no Executivo, no Legislativo ou no Judiciário. Soma-se a isso a percepção, por parte de alguns operativos da agência, de que eles estão na verdade “fazendo a coisa certa” pela nação, servindo e protegendo — à sua maneira — os interesses dos Estados Unidos no mundo.

Não é de duvidar que muitos dentro da CIA tenham mesmo a convicção de que suas ações disruptivas e ilegítimas sejam justificáveis à luz de um “bem maior”, que se reduz de forma cínica à sua perpetuação burocrática no âmago do aparato estatal americano. Com isso, a CIA representa um dos mais arraigados e engenhosos tentáculos do chamado “Estado profundo” estadunidense, capaz de influenciar o curso de sua política doméstica e externa, sem qualquer consideração pelas vítimas de suas ações.

No final das contas, temos uma situação em que a CIA é quem acaba controlando a Casa Branca, e não o contrário. Por outro lado, sempre que um novo vazamento acerca das atividades secretas da agência acaba milagrosamente vindo à tona, o cidadão americano comum se vê diante de verdadeiras barbaridades cometidas em nome da “segurança da América”.

Em geral, este é um pequeno resumo da realidade da democracia americana, democracia essa composta por agências secretas que, ao agir nas sombras, dão lugar aos piores impulsos da natureza humana, facilmente corrompível por poder, status e dinheiro. Portanto, tenhamos uma coisa em mente: o destino da política externa americana não depende unicamente de quem venha a ser eleito o próximo presidente do país nas eleições de novembro deste ano.

Afinal, parte desse destino está nas mãos de agências como a CIA, cujo princípio orientador é o da própria sobrevivência. Foi assim que ela patrocinou e participou da realização de golpes de Estado na América Latina, no Oriente Médio, na África e no Leste Europeu ao longo das últimas décadas. Isso porque a paz, em resumo, não é do interesse da CIA.

Seu interesse é, sim, agir de maneira irrestrita e secreta, produzindo novas ameaças artificiais para os formuladores de políticas em Washington e mantendo o público americano cada vez mais alheio a suas atividades. Trata-se de um grupo de espiões profissionais e burocratas inescrupulosos que usam o discurso da proteção à segurança dos Estados Unidos para instigarem o caos pelo mundo, tornando-o inseguro e infringindo a liberdade de pessoas e de nações inteiras.

Enfim, falar da CIA é falar da principal ferramenta do chamado “Estado profundo” americano, razão pela qual alimentar esperanças quanto a uma possível mudança nas políticas em Washington é, ao mesmo tempo, ingênuo e infrutífero.

As opiniões expressas neste artigo podem não coincidir com as da redação.

Valdir da Silva Bezerra é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Estatal de São Petersburgo, na Rússia. Membro do Núcleo de Pesquisas em Relações Internacionais sobre Ásia da Universidade de São Paulo (NUPRI-GEASIA). Pesquisador do Grupo de Estudos Sobre os BRICS da Faculdade de Direito da USP (GEBRICS-USP). Colaborador do Grupo de Estudos sobre a Rússia (PRORUS) da Universidade Federal de Santa Catarina. O autor também é colunista oficial da Sputnik Brasil. Desde o ano passado, Valdir Bezerra vem atuando em paralelo como comentarista político convidado para os canais Jovem Pan, Band News e Record News. Algumas de suas matérias e opiniões podem ser encontradas em publicações como: Folha de São Paulo, Valor Econômico, O Antagonista, Crusoé e Jornal GGN, no qual também escreve como colunista convidado.

STF DESMENTE COM PROVAS VERSÃO DE DEPUTADOS TRUMPISTAS DE EXTREMA-DIREITA DOS EUA SOBRE PEDIDOS DE MORAES

  Do ICL:


quinta-feira, 18 de abril de 2024

Extrema ironia da extrema-direita internacional e brasileira apontando para cima e atingindo o próprio pé: Arquivos divulgados por políticos trumpistas dos EUA revelam crimes de extremistas brasileiros. Artigo de Leandro Demori

 Extrema Ironia:

Intenção do vazamento era acusar STF de censura, mas torna públicas provas contra extremistas


Por Leandro Demori, no no site iclnoticias.com.br

Um relatório de 541 páginas, publicado pelo Comitê de Assuntos Judiciários da Câmara dos Estados Unidos sobre supostos “ataques à liberdade de expressão” no Brasil, revela crimes praticados pela milícia digital bolsonarista e extremistas como o blogueiro Allan dos Santos — foragido há quase três anos da Justiça brasileira e que se mudou para aquele país para não ser preso.

São documentos que a rede social de Elon Musk enviou ao Congresso norte-americano depois do jogo combinado com o congressista Jim Jordan, um dos principais apoiadores de Donald Trump — herói dos bolsonaristas.

A Justiça brasileira havia pedido o bloqueio de contas no Twitter (atualmente X) em redes sociais da Ordem dos Advogados Conservadores do Brasil (OACB), uma entidade que alimentou os políticos de extrema-direita Gustavo Gayer, Bia Kicis e André Fernandes com a mais famosa fake news espalhada no calor do 8 de janeiro.

Eles divulgaram a farsa da senhora que teria morrido nas dependências da Polícia Federal (PF) depois das prisões daquele dia. Nas redes, uma foto de um casting de agência de publicidade foi usada para dar veracidade à história e “comprovar” a “tortura” que os apreendidos recebiam da PF.

Para dar credibilidade à história, eles usaram a silga da entidade chamada Ordem dos Advogados Conservadores do Brasil (OACB) como se fosse a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Tudo isso está no relatório publicado esta noite por esse comitê da Câmara dos EUA

Diz o relatório enviado ao Congresso dos Estados Unidos que o telefone do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi vazado na internet, quando passou a receber “diversas ligações de cunho ofensivo e amaças”, no contexto dos ataques à democracia e da tentativa de golpe do dia 8 de janeiro de 2023.

Allan dos Santos foi pego telefonando diversas vezes para o telefone de Alexandre de Moraes com “palavras de agressivas e de ordem”, “colocando em risco a segurança pessoal do ministro e de sua família”. O vídeo, que havia sido divulgado pelo próprio bolsonarista em suas redes, não está mais no ar.

Segundo Estela Aranha, advogada brasilera e ativista de direitos digitais que trabalha para a Organização das Nações Unidas como membro do Alto Comissionado da ONU sobre Inteligência Artificial, a divulgação do relatório por políticos americanos, com decisões da Justiça brasileira de teor sigiloso, trata-se de um “suposto escândalo”.

“Nosso Congresso é soberano para editar nosso próprio regramento eleitoral. O Brasil quer escolhe as condutas que quer tipificar de crime eleitoral soberanamente. Gringo querendo colonizar nosso país achando que temos que seguir a legislação dele e não ter a nossa. Inacreditável. Mais vergonhoso vir de um parlamentar na qualidade de presidente de uma Comissão no Congresso. Afronta a nossa soberania”, escreveu Aranha em seu perfil no X.

“O Canal de denúncias do Ministério da Justiça recebeu mais de 100 mil denúncias (sobre o 8 de janeiro de 2023) que foram organizadas e encaminhadas para as autoridades competentes. O ministério abriu um canal de denúncias em que foram denunciados dezenas de grupos no Telegram com objetivo de promover ações (como a invasão dos palácios) visando golpe de estado. As denúncias foram encaminhadas para as autoridades competentes”, disse Aranha.

As informações desse “suposto escândalo” trazidas pelo relatório não divulgam fatos novos para a Justiça, apenas revelam informações que já estão sendo usadas contra os investigados e alimentam as redes sociais bolsonaristas com a ideia falaciosa de que Moraes e o STF praticaram censura.

Sergio Moro criou processo secreto para movimentar dinheiro da Lava Jato sem prestar contas a ninguém

 

Procedimento concentrava dinheiro das multas aplicadas na Lava Jato, que Moro redistribuía sem dar transparência

Do Jornal GGN:

Sergio Moro em evento da Ajufe. Foto: Agência Brasil

O ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro: Foto: Agência Brasil

Na condição de juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, o hoje senador Sergio Moro foi o responsável por criar um esquema ultra secreto para movimentar verbas bilionárias angariadas com a ajuda da força-tarefa do Ministério Público Federal no Paraná, a partir de multas aplicadas nos acordos de leniência e delação premiada firmados com as empresas ou pessoas físicas investigadas na Operação Lava Jato.

A conta judicial que concentrava os recursos financeiros está associada ao procedimento criado por Moro nos autos do processo nº 5025605-98.2016.4.04.7000/PR, que por muitos anos ficou guardado a sete chaves, com “grau máximo de sigilo”. A partir desse procedimento secreto, Moro e depois a juíza Gabriela Hardt administravam e redistribuíam as verbas sem transparência ou prestação de contas.

Somente quando o Supremo Tribunal Federal lançou um olhar questionador sobre a tentativa do ex-procurador Deltan Dallagnol em usar os recursos de uma multa paga pela Petrobras nos Estados Unidos para criar uma fundação privada, é que juíza Gabriela Hardt decidiu levantar o sigilo.

As informações constam no documento em que o corregedor do Conselho Nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, decidiu afastar Hardt da magistratura a partir de 15 de abril de 2024. As apurações ocorreram no âmbito da correição extraordinária promovida pelo CNJ nos gabinetes da Lava Jato (13ª Vara e 8ª Turma do TRF-4). O GGN teve acesso à decisão de Salomão.


Reinaldo Azevedo: A hora dos ridículos e a "bomba" de Musk contra Alexandre que não passa de biribinha

 

Da Rádio BandNews FM:




Ultradireitistas do partido Republicano usam ataques de Elon Musk a Alexandre de Moraes como arma de Trump nas eleições americanas

 

O Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos divulgou um relatório com decisões de processos sigilosos do Supremo Tribunal Federal (STF)

Biden e Trump têm disputa acirrada pela Casa Branca
Biden e Trump têm disputa acirrada pela Casa Branca (Foto: REUTERS/Brendan McDermid e Elizabeth Frantz)

247O Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos divulgou um relatório com decisões de processos sigilosos do Supremo Tribunal Federal (STF) envolvendo o "X" (antigo Twitter) e outras redes sociais. O documento foi disponibilizado na noite desta quarta-feira (17). As informações são do G1.

A maioria dos membros do comitê é do Partido Republicano, que faz oposição ao governo do presidente Joe Biden. Em um comunicado, o órgão aproveitou o embate envolvendo o X de Elon Musk e a Justiça brasileira para criticar Biden.

O documento, intitulado de "O ataque à liberdade de expressão no exterior e o silêncio do governo Biden: o caso do Brasil”, afirma que há uma "censura forçada" do governo do Brasil contra o X.

Por outro lado, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), participou nesta quarta-feira (17) de uma sessão no Senado na qual discursou sobre a regulamentação das redes sociais.

"Há a necessidade da regulamentação de novas modalidades contratuais que surgiram, a questão de costumes, novas relações familiares, questões do direito de família e sucessões, a tecnologia, a inteligência artificial, novas formas de responsabilidade civil”, afirmou Moraes. “[Pacheco] lembrou que na virada do século não existiam redes sociais. Nós éramos felizes e não sabíamos. Há necessidade dessa regulamentação, do tratamento da responsabilidade, do tratamento de novas formas obrigacionais”.

A sessão teve como objetivo a entrega do anteprojeto que revisa o Código Civil ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)

Do ICL Notícias 1ª Edição: Mais uma prova do conluio da extrema direita golpista bolsonarista com o neofascismo internacional contra o STF

 

Do ICL: